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Câncer no Fígado - Carcinoma Hepatocelular (CHC)

8 de agosto de 2023

Carcinoma Hepatocelular (CHC), também conhecido como hepatoma,

é um câncer primário que surge a partir dos hepatócitos em um

fígado predominantemente cirrótico.

No entanto, alguns pacientes podem não apresentar cirrose antes de desenvolver o CHC, principalmente os pacientes com infecção crônica pelo vírus da hepatite B. É uma neoplasia primária de alta malignidade, etiologia multifatorial, cujo fator predisponente mais importante é a cirrose hepática. Trata-se de um dos dez tumores malignos mais frequentes na espécie humana, sendo sua incidência muito mais alta (500 mil a 1 milhão de casos por ano) em algumas partes do mundo, como Japão, África e China.


Acomete com maior frequência homens de meia-idade. A maior prevalência em indivíduos de

sexo masculino acontece em decorrência de alguns fatores, como: maior prevalência de vírus B e de hepatopatias crônicas em homens, maior exposição a toxinas ambientais, prevalência de maior de alcoolismo e,

possivelmente, fatores hormonais.


Incidência de carcinoma hepatocelular em diferentes partes do mundo; Alta incidência: 15 casos por 100.000 hab/ano; Intermediária 5-15 casos por 100.000 hab/ano; baixa: quando menos de 5 casos por 100.000 hab/ano.


O Carcinoma Hepatocelular  tem amplo espectro de manifestações clínicas, que dependem da presença ou não de cirrose e insuficiência hepática, assim como das características biológicas do tumor. Em pacientes cirróticos, deve-se suspeitar de desenvolvimento tumoral nas seguintes situações: descompensação súbita sem causa aparente, ascite hemorrágica, crescimento hepático, trombose de veia porta, aumento progressivo de gama GT, fosfatase alcalina e alfafetoproteína.


Manifestações sistêmicas podem ocorrer no CHC, dificultando, por vezes, o diagnóstico inicial. A mais comum e significativa é a hipoglicemia (consumo excessivo de glicose ou secreção de substâncias semelhantes à insulina), que pode ser sintomática e, ocasionalmente, causa de óbito nesta população.


A eritrocitose pode ocorrer em até 10% dos casos (síntese aumentada do substrato proteico da eritropoetina) e sua presença em cirróticos sugere possibilidade de tumor.



Diagnóstico


Os pacientes com CHC clinicamente aparente sobrevivem por apenas poucas semanas ou meses. A maioria dos pacientes procura tardiamente o médico, tornando, desta forma, impraticável a ressecabilidade dos tumores. Todavia, é possível detectar pequenos tumores por meio do rastreamento regular naquela população de risco, melhorando assim o prognóstico.  É necessário rastrear aqueles pacientes que se encontram em risco elevado. Neste grupo, incluem-se indivíduos com hepatite crônica de qualquer etiologia, sendo, certamente, mais importante naqueles com cirrose e nódulos macronodulares visíveis na ultrassonografia.



Ultrassonografia abdominal com Doppler


Pode identificar pequenos tumores de até 0,5-1 cm e corresponde ao exame de imagem mais utilizado no rastreamento do CHC, para triagem de população de alto risco. O tumor pequeno, geralmente, é hipoecoico, à medida que cresce e, posteriormente, hiperecogênico ou com padrão misto, por causa de hipervascularização, fibrose e necrose tumoral. A tomografia computadorizada deve ser helicoidal, com estudo dinâmico do fígado em várias fases: sem contraste, fase arterial, fase portal é fase de equilíbrio. Antes do contraste venoso, o aspecto tomográfico é de lesão hipodensa.



O tratamento do CHC pode ser dividido em:


1. Tratamento radical ou potencialmente curativo: ressecção hepática parcial, transplante hepático e terapias ablativas.

2. Tratamento paliativo: quimioembolização, quimioterapia, terapia hormonal, radioterapia, imunoterapia e outros.

3. Tratamento sintomático e de suporte.


A terapia radical é capaz de induzir resposta sustentada em porcentual variável de casos. O objetivo do tratamento paliativo é aumentar e melhorar a sobrevida do paciente. O tratamento sintomático e de suporte dirige-se a pacientes em fase avançada da doença, visando aliviar sintomas.


E importante que se avaliem o estado funcional do fígado não tumoral, o tamanho do tumor e as condições gerais do paciente, como estado nutricional e doenças associadas. A maioria dos pacientes tem fígado cirrótico, o que, frequentemente, inviabiliza ressecção. A extensão do tumor é ponto crítico, sendo necessário avaliar, além do tamanho da lesão, a presença de nódulos satélites, de invasão vascular e de metástases extra-hepáticas. As condições cardiorrespiratórias e comorbidades influenciam a escolha da terapia. Na tomada de decisões sobre a terapêutica, além das condições do paciente e do tumor, são fatores decisivos a experiência da equipe médica e os recursos hospitalares disponíveis no local.


O Dr. Guilherme H. Abrahão é especialista em Oncologia do Aparelho Digestivo. Atua na área de Oncologia do Aparelho Digestivo com ênfase em Cirurgia Hepato-bilio-pancreática. (fígado, pâncreas e vias biliares).


2 de novembro de 2023
Você já ouviu falar sobre probióticos? São microorganismos benéficos que podem ser encontrados em certos alimentos e que oferecem uma série de benefícios para a saúde, especialmente para o sistema digestivo. Esses alimentos probióticos são uma excelente maneira de melhorar a saúde digestiva e promover um equilíbrio saudável da microbiota intestinal. Alimentos como iogurte, kefir, chucrute, kimchi e kombucha são excelentes fontes de probióticos. Esses alimentos contêm bactérias vivas e culturas ativas que ajudam a repovoar as bactérias benéficas em nosso trato gastrointestinal, fortalecendo a microbiota intestinal. Ao consumir regularmente alimentos probióticos, você pode experimentar benefícios como uma melhor digestão, redução da inflamação intestinal, fortalecimento do sistema imunológico e até mesmo melhora do humor. Além disso, os probióticos podem ajudar a prevenir problemas digestivos, como diarreia associada a antibióticos e síndrome do intestino irritável. É importante lembrar que nem todos os probióticos são iguais, e diferentes cepas de bactérias podem ter benefícios específicos. Portanto, é recomendável escolher alimentos probióticos de alta qualidade e variar sua ingestão para obter uma ampla gama de cepas benéficas. No entanto, é sempre bom consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação probiótica, especialmente se você tiver condições médicas específicas ou estiver tomando medicamentos. Em suma, incluir alimentos probióticos em sua dieta é uma maneira deliciosa e natural de promover uma digestão saudável e melhorar a saúde do sistema digestivo. O Instituto Gastrovale integra uma equipe multidisciplinar de excelência. Profissionais certificados, infraestrutura adequada e cirurgia minimamente invasiva: sua saúde no lugar certo! Em caso de dúvidas ou agendamentos, entre em contato: (12) 3322-9459 / (12) 3206-7806 / (12) 99149-3558 (WhatsApp) – www.gastrovale.com.br Dr. Guilherme Humeres Abrahão Diretor Técnico CRM 147629
9 de outubro de 2023
O diagnóstico precoce dos cânceres digestivos desempenha um papel fundamental no tratamento e na sobrevida dos pacientes. Felizmente, os avanços tecnológicos têm revolucionado a forma como esses cânceres são diagnosticados, permitindo uma identificação mais rápida e precisa.
14 de setembro de 2023
A oncologia digestiva é uma área de extrema importância no campo da medicina, dedicada ao estudo e tratamento dos cânceres que afetam o sistema digestivo. O câncer é uma preocupação de saúde global, afetando milhões de pessoas a cada ano. Na área da oncologia digestiva, encontramos uma variedade de tipos de câncer que podem afetar o sistema digestório. Com base em dados recentes do Instituto Nacional de Câncer - INCA, esses cânceres representam uma parcela significativa das doenças oncológicas em todo o mundo.
28 de agosto de 2023
O câncer de baço, também conhecido como neoplasia de baço, caracteriza-se pelo crescimento anormal e desordenado de células no baço, um órgão localizado abaixo das costelas.
18 de agosto de 2023
O câncer de fígado é uma doença desafiadora que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Originado nas células hepáticas, esse tipo de câncer pode ser bastante agressivo e apresentar alta taxa de mortalidade. Neste artigo, exploraremos os principais aspectos relacionados ao câncer de fígado, incluindo informações sobre sua incidência, tipos, sintomas, fatores de risco e opções de tratamento. Se você está preocupado com a saúde do seu fígado ou busca conhecer mais sobre o assunto, continue lendo para entender melhor essa condição tão impactante. Incidência e Importância do Câncer de Fígado De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) , o câncer de fígado representa um importante desafio para a saúde pública. Em 2022, o Brasil estimou aproximadamente 6.390 novos casos em homens e 4.310 em mulheres. As taxas de incidência são preocupantes, com esse tipo de câncer ocupando o 5º lugar entre os cânceres mais comuns em homens e o 8º em mulheres. Além disso, a taxa de mortalidade associada ao câncer de fígado é alarmante, sendo a segunda maior causa de morte por câncer entre homens e a quinta entre mulheres. Isso destaca a importância de conhecer os fatores de risco e estar atento aos sinais e sintomas para uma detecção precoce e tratamento adequado. O que é o Câncer de Fígado? O fígado, um órgão vital, desempenha diversas funções essenciais para o bom funcionamento do corpo humano. Entre suas principais atividades estão a produção de bile, armazenamento de glicogênio, metabolismo de medicamentos e desintoxicação do sangue. O câncer de fígado se desenvolve quando as células hepáticas sofrem mutações no DNA, levando ao crescimento descontrolado e à formação de tumores cancerígenos. Existem dois tipos principais de câncer de fígado: o carcinoma hepatocelular (CHC), responsável por cerca de 75% dos casos, e o colangiocarcinoma, que tem origem nos ductos biliares do fígado. Ambos os tipos requerem atenção médica e tratamento adequado para melhorar as chances de recuperação. Sinais e Sintomas a Serem Observados Reconhecer os sinais e sintomas do câncer de fígado é fundamental para buscar atendimento médico o mais cedo possível. Alguns dos indicadores mais comuns incluem: – Perda de peso inexplicável – Falta de apetite – Dor abdominal – Inchaço ou desconforto abdominal – Icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) – Náusea – Vômito – Fadiga – Fraqueza – Febre – Coceira na pele – Sangramento ou hematomas frequentes. É importante ressaltar que, em estágios iniciais, o câncer de fígado pode não apresentar sintomas evidentes, o que torna os exames de rotina ainda mais relevantes para um diagnóstico precoce. Fatores de Risco Associados ao Câncer de Fígado Vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver câncer de fígado. Entre eles estão: – Infecção crônica pelos vírus da hepatite B ou C – Consumo excessivo de álcool – Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) – Obesidade ou sobrepeso – Diabetes – Exposição a aflatoxinas (substâncias tóxicas presentes em alimentos mal armazenados) – Exposição a certas substâncias químicas, como arsênio, cloreto de vinila e poluentes orgânicos persistentes – Histórico familiar de câncer de fígado – Cirrose hepática (cicatrização do fígado) – Tabagismo – Idade avançada É essencial compreender que a presença de um ou mais fatores de risco não garante o desenvolvimento da doença, assim como a ausência deles não exclui a possibilidade. Por isso, é fundamental adotar um estilo de vida saudável e realizar exames periódicos para monitorar a saúde do fígado. Opções de Tratamento para o Câncer de Fígado O tratamento do câncer de fígado varia de acordo com o estágio da doença, o tipo de câncer e a condição geral do paciente. Algumas das opções de tratamento mais comuns incluem: Cirurgia A remoção cirúrgica do tumor é uma opção para pacientes com tumores pequenos e localizados. Dependendo do caso, pode ser realizada uma hepatectomia parcial (remoção parcial do fígado) ou um transplante hepático completo. Radioterapia A radioterapia utiliza raios de alta energia para destruir as células cancerosas. Pode ser administrada internamente (braquiterapia) ou externamente (radioterapia externa) e é indicada para casos iniciais ou para pacientes que não são candidatos à cirurgia. Quimioterapia A quimioterapia envolve o uso de medicamentos para combater as células cancerosas. Pode ser administrada por via oral ou intravenosa e é frequentemente combinada com outras formas de tratamento, como cirurgia ou radioterapia. Terapias-alvo As terapias-alvo são medicamentos que visam proteínas específicas presentes nas células cancerosas. Podem ser administradas por via oral ou intravenosa e são uma opção para pacientes com câncer de fígado avançado ou que não respondem à quimioterapia convencional. Conscientização e Prevenção do Câncer de Fígado Uma das principais armas contra o câncer de fígado é a conscientização. Compreender os fatores de risco, os sinais e sintomas, além das opções de tratamento disponíveis é fundamental para identificar precocemente a doença e aumentar as chances de cura. Para proteger sua saúde hepática, é essencial adotar hábitos saudáveis em seu dia a dia. Além da alimentação balanceada e da prática regular de exercícios físicos, evite o consumo excessivo de álcool e procure se proteger contra infecções virais, como a hepatite B e C, por meio de medidas preventivas e de vacinação, quando indicado. Participar de campanhas de conscientização, buscar informações confiáveis e compartilhar esses conhecimentos com familiares e amigos também são atitudes relevantes para combater o câncer de fígado. Conclusão O câncer de fígado é uma condição séria e complexa que exige atenção e cuidados. Neste artigo, discutimos a importância do conhecimento sobre o câncer de fígado, seus tipos, opções de tratamento e a relevância de um estilo de vida saudável para a proteção da saúde hepática. A conscientização sobre essa doença é fundamental para promover a prevenção e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Lembre-se sempre de consultar um médico diante de qualquer sinal de alerta ou se houver preocupações em relação à sua saúde. A busca por ajuda médica oportuna é a chave para enfrentar desafios de saúde como o câncer de fígado e alcançar melhores resultados na jornada do tratamento e recuperação. ⠀ Dr. Guilherme Humeres Abrahão Diretor Técnico CRM 147629
5 de julho de 2023
O câncer de intestino delgado é um tipo de câncer que afeta parte do sistema digestivo que conecta o estômago ao intestino grosso.
4 de julho de 2023
A importância do especialista em Oncologia Digestiva na detecção e tratamento de doenças relacionadas ao aparelho digestivo é fundamental para garantir a saúde dos pacientes.
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